De acordo com informações fornecidas pelas Serasa, quase 62 milhões de brasileiros estão inadimplentes e praticamente a metade tem todo o ganho comprometido. Estes dados servem de alerta e nos possibilita ter uma ideia do “superendividamento” da população.
Mas afinal, o que é estar inadimplente? Por que o nome fica “sujo”? Vamos responder essas e outras perguntas aqui neste artigo!
O que significa estar inadimplente?
Estar inadimplente nada mais é do que estar em atraso no pagamento de suas dívidas. Vamos supor que o consumidor possua um cartão de crédito e tenha realizado algumas compras, no vencimento da fatura é gerado um boleto para pagamento, caso o consumidor não pague na data limite, ele estará inadimplente.
O que significa “nome sujo”?
Quando o consumidor está inadimplente, muitas vezes a consequência é ter o “nome sujo”, expressão utilizada pela maioria dos brasileiros para descrever uma situação um tanto quanto chata, ter uma dívida em atraso com alguma empresa e ter o nome negativado nas listas dos órgãos de proteção ao crédito, como Serasa, SPC Brasil ou Boa Vista SCPC.
Quando a empresa não recebe o pagamento, ela comunica ao Serasa, SPC Brasil ou Boa Vista SCPC essa informação. Estes órgãos de proteção de crédito têm o dever de entrar em contato com o consumidor para informar que o seu nome será “negativado”, o mesmo que dizer que será incluído nas listas de proteção de crédito caso não ocorra o pagamento da dívida em atraso.
O que acontece se meu nome está negativado?
Caso seu nome esteja nessa lista, pode ser o mesmo que dizer que seu nome está “sujo” e poderá ser consultado por empresas que tenham acesso a esses dados. Muitas empresas, principalmente bancos e instituições que fornecem crédito, costumam checar o histórico do consumidor para liberar melhor linha de crédito ou melhorar a forma de pagamento.
Dessa forma, com o nome sujo, fica muito mais difícil:
- conseguir empréstimos pessoais, consignados ou qualquer outro tipo de crédito.
- conseguir um financiamento para casa própria (imóvel) ou carro.
- abrir conta corrente ou conseguir um cartão de crédito.
Como saber se estou com “nome sujo”?
Dois órgãos de proteção de crédito oferecem esse serviço gratuitamente, basta realizar o cadastro no site, são eles o Serasa e o Boa Vista SCPC. Caso queira se cadastrar digite no google “Cadastro Serasa” ou “Cadastro Boa Vista SCPC”.
Há também a possibilidade de consultar o nome no SPC, porém esse serviço é pago.
Como limpar o meu nome?
Seu nome pode ficar limpo se, por exemplo, a sua dívida “caducar” em 5 anos. Dívidas caducas são aquelas dívidas que possuem mais de 5 anos. Após esse período os órgãos de proteção têm a obrigação de retirá-las de suas bases de dados. Portanto, fique atento ao prazo da dívida, caso esteja perto de completar 5 anos você poderá ter o nome limpo novamente.
Outra forma rápida e simples seria falar com a empresa e negociar a forma de pagamento ou até mesmo algum desconto na dívida atrasada.
O consumidor com uma dívida muito alta provavelmente conseguirá negociar para pagar em parcelas que caibam no bolso, a partir do momento que o acordo é feito e a primeira parcela da dívida é paga, a empresa tem até 5 dias para comunicar os órgãos de proteção de crédito para que limpem o seu nome.
Seu nome está sujo indevidamente?
Nos dias de hoje é muito comum fraudes envolvendo cartão de crédito, aberturas de contas em bancos e empresas, utilização de nome e CPF em cadastros que não conhecemos e até mesmo dívidas em nosso nome.
Em todos esses casos saiba que você, consumidor, pode estar sofrendo uma cobrança indevida e a negativação do seu nome poderá resultar em danos morais. O Direito do Consumidor pode te proteger.
Agora que você já entendeu seus direitos caso tenha ocorrido cobrança indevida ou negativação indevida e ainda tenha mais dúvidas, fale com um especialista do Oliveira Modenesi Advocacia. Deixe seu comentário ou entre em contato.
Analisar meu casoFernando Oliveira Modenesi – OAB/SP 424.432
Sócio e Advogado – Mais de 6 anos de experiência atuando no direito do consumo. Formado em Direito pela Faculdade de Direito de Vitória (FDV). Formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Pós-Graduado em Processo Civil na Universidade Presbiteriana Mackenzie.